A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lança a cartilha virtual “Golpe, só se for nos criminosos”. O material tem objetivo de apresentar à população os principais golpes praticados atualmente, além de dar dicas de prevenção.
De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Wagner Sales, a maior parte dos golpes migrou da rua para o mundo virtual. “Nesse momento de isolamento social, as pessoas estão reclusas em casa e acessam mais as redes sociais, fazem compras pela internet, e isso pode contribuir para aplicação de golpes”, afirma.
No último mês, a FCDL-MG já havia alertado quanto aos golpes praticados atualmente, divulgando um material criado pela Polícia Civil de SP. Confira aqui!
Estatísticas
A partir de um estudo com base em estatísticas e no trabalho de inteligência, a PCMG elaborou e disponibiliza o material orientativo, com linguagem clara e objetiva para acesso de todas as pessoas. Ao todo, a cartilha apresenta 16 tipos de golpes, divididos em três modalidades: Golpes Presenciais, Golpes pela Internet e Crimes Praticados por Telefone. Acesse aqui.
“Entre esses, estão os golpes da clonagem de Whatsapp, o do cartão cortado recolhido pelo falso motoboy e o do falso intermediador de vendas. Nesse momento de pandemia, dois golpes que voltaram com mais força são o do falso parente internado e o do falso sequestro”, exemplifica Sales. Segundo o delegado, o estelionatário age de acordo com os fatos da atualidade, criando uma situação que leva a vítima ao erro para buscar uma vantagem ilícita.
Ainda segundo Sales, a dúvida e a informação são duas grandes aliadas para frustrar os planos dos golpistas: “A informação ainda é a maior arma contra esse tipo de crime. Não acredite em vantagens mirabolantes e promessas de grandes negócios, pois, atrás delas, certamente haverá um golpe. É preciso sempre checar. Na dúvida, não faça”.
Crime
Devido à mudança na legislação brasileira, promovida pelo pacote anticrime, o estelionato passou a depender de representação por parte da vítima. “Além do registro da ocorrência, a vítima deve fazer uma representação para dar início à investigação e, a partir daí, a PCMG busca a autoria do crime e a sua devida responsabilização criminal”, explica Sales.